Segundo o presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eduardo Pereira Nunes, o Censo 2010 mostrará um país envelhecido e com um número menor de taxa de natalidade
“Vamos ter muitos brasileiros com mais de 100 anos. Vamos perceber uma sociedade com o número de crianças que estão nascendo diminuindo. Continuam a haver nascimentos, mas as taxas são cada vez menores. E tão importante quanto ter redução do número de crianças que nascem é a redução da mortalidade infantil”, explicou ele.
O que isso significa para as escolas particulares de grandes centros urbanos? Menor demanda. Se a população infantil diminui e cresce o número de escolas particulares haverá um acirramento grande na concorrência entre as escolas e uma diminuição no número de matrículas.
Os gestores escolares precisam aprender a enxergar longe. Qual política deve ser adotada nos próximos dez , quinze anos diante de dados tão relevantes? Temos vistos várias escolas de tradição fechar suas portas. O que fazer diante do inevitável ? Porque não haverá crianças em número suficiente para todas as escolas (particulares, municipais e estaduais). Quais outros serviços a escola pode e deve começar a pensar para preencher este espaço que ficará vazio?
Imagine:
Ano de 2010, uma escola em uma cidade de médio porte do Estado de São Paulo , localizada em um centro velho, conta com 60 alunos no curso Infantil . Considerando que a taxa de natalidade diminui ano a ano e que a população de jovens casais moram em condomínios na periferia das cidades , os centros antigos são habitados por pessoas idosas , portanto, a tendência para esta escola hipotética é enfrentar, nos próximos anos, uma demanda declinante no número de matrículas até infelizmente o seu fechamento em menos de 7 anos se os gestores não pensarem em alternativas que vão além das pedagógicas.
É uma realidade que os gestores escolares não poderão fugir.
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